Crónica de um natal passado
Pois é, amigo, companheiro de copos e de lutas
Virá outro Natal, como este agora,
Com a alegria frágil de quem chora?
Está na hora de sentares e de ouvires
O que a irmã Vida tem para dizer
O corpo é frágil, mas as cordas que ressoam
(Essas, nunca hão-de arder!)
Quando fores apenas mais um, como eu, Irmão
Quando não puderes já pensar em acender
O teu cigarro no meu...
Quando as Luas e Marés forem passando
Sem que tu sem reparar passes por elas
Só aí saberás o que é Viver.
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