domingo, fevereiro 12, 2006

Palavra

Quis a força do sentir e do pensar
Que as Palavras fossem armas de arremesso
E a fraqueza de uma nota consonante
Se tornasse numa outra dissonante
Mais concertante [talvez errante?]


Foi a Palavra canção, com sons saídos do nada
E foi apenas poema, à espera de ser cantada.
Foi traço de luz e cor [sem chegar a ser pintada!]
Foi o perfil do amor, soluço na madrugada.


Perdeu então a leveza, de ser tão pronunciada.
Sentiu seu peso no corpo, Palavra dura e cansada
E de tanto ser pensada, tornou-se chama apagada
Repetida bem no fundo sem nunca ser libertada.


E bem no fundo do Ser, apenas um pensamento
Se nos depara cá dentro sem ser machado que corta,
Mas a charrua que lavra.
P’ra que a vida nos revele a cada instante e nos faça perceber
O sentido da palavra

Palavra.

2 Comentários:

Blogger K'os disse...

muito bonito
gostei
:)

11:30 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

São Palavras, Senhor. São Palavras. Só?! Palavras...

1:28 da tarde  

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